A tal da auto-confiança

Tem sempre aquela pessoa que gosta de enferrujar o sorriso alheio. Aquela que tá sempre de cara feia e emburrada com tudo: com as pessoas com que convive, com si mesmo, com a vida. Mas aí a gente se pergunta: o que acontece, afinal? Mau humor? Para as meninas, TPM? Que seja. Não quero saber.

Sério, é necessário? Eu passei anos da minha vida me odiando, sofrendo por caras que não mereciam nada de mim, sendo influenciada por pessoas que me deixavam pra baixo, e o pior - eu ligava para a opinião de cada uma delas. Muitas vezes, acabava deixando de ser eu mesma e de fazer as coisas que eu gostava/queria para agradar à elas. Idiota, eu sei. Mas também sei que tem muita menina por aí que sofre do mesmo mal. Fala sério. Tá errado isso, gente.

Mas então eu comecei a me olhar no espelho e deixar os defeitos pra lá; reparei em cada qualidade e cada qualidade que eu tenho e que ninguém mais tem. Não estou falando só do exterior, viu? Nesse espelho, eu também vi o que tinha dentro de mim. E então percebi como essas coisas eram legais.

"Mas o que fazer agora, se repararem que eu mudei?" "E se me acharam metida? Esnobe?" era o que eu pensava. O pior foi quando eu ouvi aquela garota da minha sala - nós estávamos batendo um papo com o pessoal - falando que se achava feia. E do quanto as unhas dela eram curtas e o cabelo, armado. E ao redor, mais e mais meninas ficavam exaltando seus defeitos, botando tudo pra fora. Aquilo não parecia mais com um círculo de amigos conversando numa boa, mas sim com uma sessão de psicólogo. Só faltavam aquelas poltronas, sabe? E eu? Ah, vocês devem estar pensando que eu falei que nada verdade estava até me achando bonita aquele dia, que minhas unhas estavam bem feitas e meu cabelo, no lugar e brilhante. Que nada. Pensei rápido em algo e falei "nossa, eu tô horrorosa de gorda!". E isso sabe porquê? Para não pagar de metida e ser a única auto-confiante ali no meio. Tinha que me encaixar.

Agora, vendo essa situação de longe, penso em como fui idiota (de novo). Pra que tudo isso? Pra que ligar tanto para o que os outros pensam ou o que eles vão achar, se o negócio é você, SÓ você? Pois é, pena que isso se aprende com o tempo, não se nasce sabendo. Mas antes tarde do que nunca, né? Quer saber de uma coisa? Quando você finalmente aprender isso (lembre-se: não é só se amar, é não se importar também), vai saber o que é amor próprio de verdade. E o melhor: vai se apaixonar por si mesma, e finalmente saber o que é sentimento recíproco.

As pessoas vão se sentir incomodadas, claro que vão. Que nem eu falei no começo do texto: vão se tornar mais emburradas, tristes e fechadas. Mas você não deve ligar não! Saia por aí sempre sorrindo, mostrando o quanto é feliz consigo mesma e de como nada te abala. Também, vai entender né. Vai ver você vai estar brilhando tanto, que as outras pessoas podem acabar se sentindo meio apagadinhas. Tadinhas delas. Liga não!

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