Eu queria te dizer muitas coisas
Queria te dizer que, não me pergunte porque, fiquei horas adiando esse texto. Não sei se porque a inspiração para um começo faltava, ou se porque eu estava com medo de colocar meus sentimentos na tela de um computador de novo. E compartilhar com outras pessoas. Daí comecei da forma mais tosca possível. Com o próprio título.
Mas a verdade é
que eu tenho pensado nessa frase ultimamente, all the time. Da última vez em
que te chamei pra sair e você não foi, muitas palavras ficaram engasgadas na
minha garganta do tipo "preciso sair daqui!", mas então eu as deixei lá,
guardadinhas. Trancadas. Questão de raciocínio. A gente às vezes quer falar
muita coisa, gritar para os 7 mares e ventos, falar ao primeiro estranho que
vir na rua, mas a coisa não funciona desse jeito. Não para mim. Não agora,
depois de tudo o que passei e amadureci.
Acho que escrever
ao invés de falar é uma boa alternativa. Você lê isso aqui se quiser, vem me
questionar depois se quiser, ou fica na sua se quiser também. Faça o que bem
entender, as palavras são minhas, os sentimentos são meus e eu coloco onde eu
quero. Não cito nomes, mudo exemplos e fatos, mesmo que no final tudo fique na
cara e pouco sutil. Que seja. Meu jeito.
Eu queria te
falar, afinal, o quanto te odeio. E o quanto me odeio por usar frases tão
clichês em relação à... você. Mas eu odeio não conseguir te odiar, e o fato de
não conseguir me afastar. Eu tento e você volta, eu solto e você puxa, eu largo
e você agarra. Eu sei o que é bom pra mim, e tento de todas as maneiras
possíveis me fazer bem. Porque eu sei que eu posso. Mas aí você vem com o seu
jeitinho, com as suas conversas, com os seus dilemas, e o romantismo vem à
tona. Porque afinal, ele nunca saiu de mim, certo? Certo.
Eu queria te falar
que não quero mais falar com você. Não quero que você venha atrás de mim, me
procure, me diga oi ou que sentiu minha falta. Não que você alguma vez tenha me
falado isso depois que foi embora, mas enfim. Queria que você entendesse que
quando eu encontrar outra pessoa, o negócio vai ser pra valer. Que não vai
rolar continuar conversando com você, porque a outra pessoa vai estar lá e eu
necessito te esquecer. E se você me perguntar se eu ainda gosto de você, eu não
vou saber o que responder. Juro. Acho que preciso te ver de novo para ter
certeza, ou apenas ouvir sua voz... Ops. Ouvi. Deixa pra lá.
Queria que você
soubesse o que eu acho dessa história. Sim, meu caro, para mim foi uma
história, não me importa o que você acha. Foi um de cada lado, diferenças e
desencontros, tudo pela metade, mas foi. Não é? Então pronto. E desculpa esse
meu jeito, mas depois de você, fiquei mais mandona. Precisei mandar mais em
mim, para acabar com esse seu domínio sobre
a minha pessoa.
Queria te falar
milhares de coisas, mas fico calada. Sento, penso e relembro, leio e folheio,
sinto e pressinto. Você você você. Motivo das minhas últimas 3 noites de sonhos
estranhos e pensamentos aleatórios ao passar do dia. Que bom que não é mais
todo minuto e segundo. É só de vez em quando.
Não falo porque
acho melhor deixar as coisas do jeito que estão. E porque não suportaria te
tirar da minha vida desse jeito. Se for pra você sair, que você saia porque
quer. No fundo, é isso o que eu quero. No fundo, eu gosto de você por perto. No
fundo, eu sei a resposta para a sua possível pergunta. Que eu não acho que você
vá perguntar na verdade, mas é sempre bom estar ciente e com uma resposta
pronta.
Eu vou falar que
não sei, mas eu queria te falar que... Sim, eu ainda sinto. Mas deixa pra lá.
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